Segundo dia de palestras e debate encerra o VI Seminário de Políticas Públicas

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Segundo dia de palestras e debate encerra o VI Seminário de Políticas Públicas

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O evento abordou as perspectivas e desafios para as exportações do agronegócio
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A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) realizou, nesta terça-feira (30/3), o último dia do VI Seminário de Políticas Públicas – Cenários e Perspectivas de Exportações e Importações do Agronegócio Mineiro. O evento, promovido em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), foi completamente virtual e dividido em dois dias, sendo o primeiro deles em 23/3.

Os dois dias do evento totalizaram mais de seis horas de programação e somaram mais de 800 visualizações ao vivo. Os vídeos completos, com as palestras e debates, estão disponíveis no YouTube da Seapa. Para assistir, basta clicar AQUI (1º dia) e AQUI (2º dia).

Durante a abertura deste segundo dia de seminário, o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, um dos palestrantes do seminário, lembrou que no primeiro encontro foi abordada a evolução das exportações do agronegócio, demonstrando o salto dado pelo setor em termos de garantia da segurança alimentar brasileira e do mundo.

“Os temas deste segundo dia também são extremamente interessantes. Vamos discutir, por exemplo, as oportunidades de diversificação da nossa pauta. Em Minas Gerais, a pauta é bastante concentrada em alguns produtos, como café, o complexo soja, açúcar e carnes. Mas existe uma infinidade de outros produtos que Minas produz e que pode levar o estado a alcançar muitos mercados”, ponderou Albanez.

Palestras

O primeiro palestrante do VI Seminário de Políticas Públicas nesta terça-feira foi o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jean Marcel Fernandes.

“O agronegócio é o setor mais dinâmico da economia brasileira e que se mostrou mais resiliente às dificuldades que enfrentamos recentemente, com a pandemia. Ele é responsável não apenas por gerar renda para o Brasil, especialmente para os agricultores familiares, mas é, também, o setor que, além da produção de alimentos, também fornece bioenergia, fibras e matéria- prima para outros setores da economia. O agro brasileiro produz para mais de 1 bilhão de pessoas, tanto para o mercado interno como para os mais de 180 mercados para onde exportamos”, argumentou Fernandes.

A diretora executiva da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), Vanúsia Nogueira, apresentou os desafios e as oportunidades dos mercados internacionais para o setor cafeeiro.

“Em 2020, Minas Gerais representou pouco mais da metade da exportação de café brasileira (28 milhões de sacas das 43,7 milhões exportadas pelo país). Em relação à receita, representamos mais de 60% das vendas nacionais (US$ 3,8 bilhões de um total de US$ 5,5 bilhões). Esse número mostra que o estado tem uma relevância no processo do comércio internacional. A produção mineira de café é bastante relevante e está contribuindo para a pauta de exportações do nosso setor”, garantiu a diretora da BSCA.

Em seguida foi a vez da palestra do consultor de Relações Internacionais da Abrafrutas e do Programa Agro.Br da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Aryan Schut. Sua apresentação foi voltada para os desafios e oportunidades para a fruticultura nos mercados internacionais. Segundo ele, o Brasil é o 3º maior produtor e apenas o 23º exportador de frutas no mundo.

“Temos um potencial expressivo, mas, como somos donos de um mercado interno com uma grande demanda e os riscos do mercado internacional são maiores, as exportações acabam não sendo tão atraentes para os produtores. Mas, tanto para o mercado interno como para o externo, temos que ter a percepção do pré-requisito de boas práticas agrícolas. Não há espaço para falta de responsabilidade no trato cultural. Quem acostuma com uma fruta boa, não quer voltar mais para o produto de qualidade inferior. E isso vale ainda mais para as exportações”, pontuou Schut.

Por fim, foi a vez do vice-presidente da Aprosoja, Wesley Barbosa de Freitas, palestrar sobre os desafios e oportunidades para o setor de grãos. Ele destacou, entre diversos pontos, a importância de se negociar um ajuste no protocolo de exportação de milho para a China.

“Hoje há exigência de zero incidência de pragas nas commodities a serem exportadas, com exigência de quarentenas nas cargas. Mas sabemos que uma simples fumigação resolve todo esse entrave que o setor tem enfrentado. Espera-se que a necessidade do milho venha a suprimir essas burocracias, essas dificuldades para que o grão chegue ao destinatário final. Mas, para isso, os órgãos governamentais, juntamente com o setor produtivo, deverão sentar nas mesas de negociação, junto às embaixadas e aos adidos agrícolas para que isso seja de uma vez por todas resolvidas”, levantou Freitas.

O seminário

A primeira edição do Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural, promovido pela Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Seapa, foi realizada em maio de 2019. No ano passado, diante das medidas adotadas no combate à pandemia de covid-19, o seminário teve duas edições completamente virtuais.

Segundo o superintendente de Economia e Inovação Agropecuária, Carlos Bovo, o seminário surgiu com a proposta de discutir as políticas públicas para o setor e disseminar a cultura de avaliação dos resultados, com a intenção de aprimorar essas políticas em favor da sociedade e dar maior eficiência aos recursos públicos que são aplicados nas ações de governo, possibilitando ajustes na formulação e condução destas políticas.

A primeira edição do Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural contou as seguintes palestras: “Metodologia e Avaliação de Impacto Socioeconômico”, “Impacto de Tecnologias desenvolvidas pela Epamig”, “Ações do Programa Minas Sem Fome” e “Emater no Contexto das Políticas Públicas”.

Já o 2º Seminário, realizado em julho de 2019, debateu as políticas públicas a partir dos dados do Censo Agropecuário de 2017 e do PIB da Agropecuária. A terceira edição do evento aconteceu em setembro e teve como tema “Certificação, Rastreabilidade e Agregação de Valor na Perspectiva de Mercados Consumidores”.
As IV e V edições do seminário, realizadas em agosto e outubro de 2020, discutiram, respectivamente, a pesquisa agropecuária e o crédito rural.

José Vítor Camilo – Ascom/Seapa

Foto: Reprodução/YouTube

 

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