IMA abre consulta pública dos regulamentos técnicos de Identidade e Qualidade dos Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas

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IMA abre consulta pública dos regulamentos técnicos de Identidade e Qualidade dos Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas

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Autarquia convida produtores, cooperativas, agroindústrias, associações, pesquisadores, comerciantes e consumidores de todo o estado para participarem da iniciativa
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O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), abriu, nesta segunda-feira (15/3), consulta pública para os regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos queijos artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas. Até o dia 26 de março, produtores, cooperativas, agroindústrias, associações, pesquisadores, comerciantes e consumidores podem participar da iniciativa, que tem como objetivo aprimorar as boas práticas regulatórias no âmbito da produção, distribuição e comercialização da iguaria. Veja como participar clicando AQUI.

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, convida o público interessado para participar da consulta pública que atende aos princípios de eficácia e da transparência dos serviços. "Convidamos os elos do agronegócio para esse ato cívico que contribui para fomentar o crescimento econômico das famílias produtoras dos queijos artesanais, melhorando a qualidade de vida no campo e facilitando o entendimento das normas sanitárias que precisam ser cumpridas. Atribuindo padrão e identidade, agregamos valor ao queijo artesanal, um emblemático produto típico de Minas Gerais”, destaca.

A iniciativa é da Comissão Permanente de Análise e Revisão de Atos Normativos do IMA (CPAR/IMA), cujos trabalhos buscam melhorar os atos normativos da defesa agropecuária. Com a consulta pública, o IMA prevê firmar o padrão de identidade e qualidade dos queijos para elaboração dos regulamentos dos produtos. Após esta etapa, os produtores poderão solicitar o registro e o Selo Arte para a venda dos queijos em todo o Brasil.

No ano passado, o Governo de Minas, por meio da Seapa e suas vinculadas IMA e Emater-MG, identificou dez regiões como produtoras de queijos artesanais, entre elas Alagoa, reconhecida como produtora de “Queijo Artesanal de Alagoa”, e os demais municípios de Aiuruoca, Baependi, Bocaina de Minas, Carvalhos, Itamonte, Liberdade, Itanhandu, Passa Quatro e Pouso Alto, reconhecidos como produtores de “Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas”.

A identificação dessas regiões foi possível depois da caracterização e estudos da Emater-MG com as associações dos produtores de Alagoa (Aproalagoa) e da Mantiqueira de Minas (Apromam).

No âmbito do Programa Estadual de Desburocratização Minas Livre para Crescer, iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), o IMA recebeu de elos do agronegócio duas propostas direcionadas para inspeção sanitária aplicadas à produção de queijos e de agroindústrias de pequeno porte, cujas proposições solicitam revisão das normas sanitárias e a definição de requisitos necessários para um cumprimento justo e simples pelos estabelecimentos.

Além da legislação voltada para inspeção em queijos, a expectativa da CPAR é garantir regulamentos adequados que preservam a sanidade animal e vegetal aliados à produtividade e ao crescimento do agronegócio. A iniciativa pretende favorecer todo o setor agropecuário, incluindo a produção nas agroindústrias, o comércio, a certificação de produtos e as análises laboratoriais.

História e tradição

O italiano Paschoal Poppa e sua esposa Luiza Altomare Poppa chegaram em Alagoa, na Serra da Mantiqueira Mineira, em 1920. Os pastos chamaram a atenção do casal imigrante e se tornaram berço para o gado fornecer o leite àquele que viria a ser um queijo artesanal especial. A ideia do casal nasceu da percepção das semelhanças climáticas da região com as terras italianas.

A altitude, o clima, a geologia, a água e o pasto, tudo isso somado ao caráter humano, e ao saber fazer e pôr a mão na massa, conferiram singularidade aos queijos. Hoje, a iguaria movimenta a economia da região, além de contribuir com o desenvolvimento social, melhorando a vida dos habitantes locais.

No modo de fazer, os queijos artesanais do estado são diferentes do Queijo Minas Artesanal (QMA), este produzido com pingo, enquanto que os de Alagoa e Mantiqueira de Minas utilizam fermento e são aquecidos durante a produção. Ambos são feitos com leite cru.

Rodolpho Sélos - Ascom/IMA

Foto: divulgação/IMA

 

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