Pecuarista assistida pela Emater-MG é uma das vencedoras do programa Mais Sólidos da Danone

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Pecuarista assistida pela Emater-MG é uma das vencedoras do programa Mais Sólidos da Danone

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Maria Lúcia dos Santos Bustamante Abreu, de 61 anos, é moradora de Itajubá, no Sul de Minas
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A pecuarista Maria Lúcia dos Santos Bustamante Abreu, de 61 anos, foi uma das vencedoras do programa Mais Sólidos, da empresa de lácteos Danone. A produtora, moradora do município de Itajubá, Sul de Minas, além de muita dedicação e trabalho para produzir um leite de qualidade, conta com a assistência técnica da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

A cerimônia virtual de encerramento da edição deste ano do programa aconteceu no dia 13 de outubro. Maria Lúcia acompanhou o anúncio de casa com a família. Ela foi a vencedora da categoria 2 (de 501 a 2.000L/dia). “É um reconhecimento. Você vê a alegria dos funcionários. É um incentivo para a gente produzir com mais qualidade”, diz a produtora. O prêmio é uma pick-up ou, se a pecuarista preferir, pode ser pago em dinheiro.

O Programa

O Mais Sólidos visa reconhecer a parceria da Danone com cada produtor por meio de prêmios e benefícios. Participaram da iniciativa apenas produtores que forneceram, durante toda a vigência desta edição do programa Mais Sólidos (2019 a 2020), 100% do volume de leite produzido em suas propriedades para a empresa de lácteos.

Durantes esse período, os participantes receberam pontuações de acordo com os critérios estabelecidos pelo programa, como teor de gordura e proteína e sólidos totais. O Mais Sólidos premiou os três primeiros colocados nas categorias: até 500L/dia; de 501L a 2000L/dia; acima de 2000L/dia.

Assistência Técnica

A produtora Maria Lúcia cuida da produção de leite junto com o marido, José Abel, de 63 anos, e mais quatro funcionários. Toda a produção, cerca de 1.250 litros por dia, é destinada à Danone.

A produtora recebe assistência da Emater-MG desde o início da atividade, em 2012. “Os técnicos da Emater-MG são muito dedicados e profissionais. Eles veem o melhor para o produtor. A Emater tem me ajudado muito”, conta a pecuarista.

Os extensionistas da empresa ajudaram a produtora na implantação de tecnologias, que resultaram na melhoria da alimentação do rebanho, no bem-estar dos animais e a aumentar a quantidade e qualidade do leite produzido pela propriedade. Entre as orientações, estão a formação e manejo de pastagens, plantio e adubação de milho para silagem. Também foram elaborados projetos para crédito rural.

Em 2020, a produtora passou a receber assistência por meio do Mapa Bovinocultura, um convênio entre a Emater-MG e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foram realizados diagnósticos ambientais da propriedade, obtenção de documentos, como outorga de água, licenciamento ambiental e o Cadastro Ambiental Rural.

“Esse convênio com o Mapa, além das parcerias com as prefeituras, nos proporcionou a intensificação do trabalho nas propriedades e conseguimos obter bons resultados, como aqui na propriedade da Maria Lúcia”, afirma o técnico Edgar Moreira da Silva.

Pandemia

A produtora destaca ainda o trabalho dos extensionistas da empresa durante o período de pandemia do novo coronavírus. Com receio da demanda por leite diminuir, a pecuarista Maria Lúcia optou pela redução da produção. “Nós secamos muitas vacas. A produção de leite caiu para cerca de 750 litros/dia”. Mas, segundo a produtora, a demanda pelo produto não reduziu e até aumentou. Com isso, a produção normal teve de ser retomada. A produtora, então, contou com as orientações da Emater-MG para a elaboração de uma nova dieta para o seu rebanho. “Isso foi fundamental para voltar à produção normal e até com mais qualidade”, ressalta.

De acordo com o coordenador regional da Emater-MG, Marcelo Martins, em um primeiro momento foram utilizados alguns ingredientes de qualidade que a produtora já fornecia ao rebanho dela, como feno, caroço de algodão, silagem de milho e polpa cítrica.

“Ao longo de sete meses, nós trocamos a dieta várias vezes, pois, neste ano, houve turbulências enormes no fornecimento de insumos, ocasionados pelas grandes exportações de soja e o aumento de preços. Isso foi feito pelo menos quatros vezes. Mas, com a dedicação da produtora, a produção foi aumentando e melhorando”, diz Martins.

Mas, segundo o zootecnista e coordenador regional da Emater, ainda era possível melhorar o desempenho das vacas para que a propriedade da pecuarista Maria Lúcia voltasse à mesma produção de antes da pandemia ou até superasse. “Usamos um insumo novo no Brasil, que é o resíduo oriundo da fabricação do etanol de milho, o DDGS. E era o que estava faltando. A produção da propriedade saltou de pouco mais de 950 litros para 1.250 litros/dia em menos de um mês”, diz o coordenador.

DDGS é uma sigla em inglês para Dried Destillers Grains and Solubes e se refere a coprodutos do processo de produção do etanol, que podem ser utilizados como fontes de proteína e energia para ruminantes, de acordo com o coordenador da Emater-MG.

Segundo o ele, a mudança da dieta do rebanho também foi fundamental para manter o teor de gordura e proteína do rebanho, o que foi essencial para que a produtora Maria Lucia vencesse o programa Mais Sólidos. “Foi um trabalho conjunto”, conclui o Martins.

Sebastião Avelar - Ascom/Emater-MG

Fotos: Arquivo/Emater-MG

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